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Estudo conduzido por médicos do Hospital Português avalia imunossupressão no pós-operatório do transplante de fígado

Pesquisa desenvolvida pela Equipe de Transplante Hepático do HP analisou pacientes de diversas origens raciais

Artigo publicado pela revista internacional Therapeutic Drug Monitoring, em março deste ano, avaliou a influência da variabilidade do nível sérico do tacrolimus na frequência de rejeição e na sobrevida após transplante de fígado. O tacrolimo é o principal imunossupressor usado no pós-operatório de transplante com o intuito de prevenir rejeição do enxerto. O estudo conduzido pelos médicos hepatologistas do Hospital Português (HP), Dra. Liana Codes, Dra.Nayana Vaz e Dr. Paulo Lisboa Bittencourt mostra que a variabilidade em relação ao nível sérico do imunossupressor não foi associada a resultados clinicamente relevantes após o transplante.

Para a especialista em gastroenterologia e hepatologia do HP, Dra. Liana Codes, a experiência proporcionou ganhos de conhecimentos devido à carência de dados sobre o tema na literatura médica. “Temos poucos dados disponíveis sobre o impacto da variabilidade do nível sérico de imunossupressão em relação aos resultados adversos após transplante de fígado. A pesquisa contribui para uma melhor compreensão sobre os esquemas de imunossupressão de longo prazo com o intuito de evitar rejeição bem como efeitos colaterais tardios relacionados aos imunossupressores”, declarou Dra. Liana.

Para o coordenador do Serviço de Transplante de Fígado do HP, Dr. Paulo Bittencourt, o Hospital conta com uma projeção nacional e internacional em doenças hepáticas, colocando o Hospital como centro de investigação clínica em Hepatologia. “Esse estudo além de trazerem visibilidade ao HP, garante grandes benefícios para a assistência aos pacientes transplantados e com doenças do fígado”, declarou o especialista.

O Estudo reuniu 234 pacientes transplantados de fígado, com diversas origens raciais, sendo 179 homens entre 12 e 52 anos de idade, que foram submetidos a avaliações clínicas e laboratoriais no período pós-operatório, com o monitoramento de enzimas hepáticas e níveis de tacrolimus no sangue. A pesquisa teve o apoio do Centro de Estudos do HP e a participação de alunos de medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Escola Baiana de Medicina.

Dra. Liana ressalta que o estudo reflete o empenho da equipe de transplante do HP em garantir assistência de qualidade, priorizando segurança e efetividade para os pacientes transplantados. O HP dispõe de serviço de Hepatologia de alta complexidade, mantendo o primeiro Programa de Transplante Hepático da Bahia. Ativo desde 2001 e realizando transplante de fígado pelo Sistema Único de Saúde, o Programa atingiu em abril de 2024 o marco de 579 transplantes na área.

Fonte: Hospital Português

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