O combate ao desperdício, principalmente no setor da saúde, deve ser prioridade. Afinal, não podemos garantir a eficiência no atendimento ao paciente sem que todos os recursos sejam bem aproveitados. Porém, são muitos os fatores que envolvem essa transformação no sistema de saúde brasileiro.
Por esse motivo, “Eficiência: como o combate ao desperdício irá transformar o sistema de saúde” será o tema do maior evento do setor hospitalar no Brasil, o Conahp de 2018. O debate será sob três perspectivas principais: assistencial, operacional e de governança. No evento Pré-Conahp, realizado no mês passado em Curitiba, Miguel Cendoroglo, Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein e Presidente da Comissão Científica do 6º Conahp e Márcia Rangel, falou um pouco sobre cada um deles.
Perspectiva Assistencial
Nesse quesito, os chamados eventos adversos, como o erro médico, estão entre as principais causas de desperdício no sistema de saúde. “Outros fatores de desperdício são com aquilo que chamamos de desnecessário, como a super indicação de exames ou de tratamentos, ineficiência na assistência médica e até mesmo a variação excessiva de um mesmo tratamento entre instituições”, afirma Cendoroglo.
Mantendo-se na perspectiva assistencial e de segurança do paciente, Cendoroglo pontua: “Ainda temos muito o que avançar no mundo e no Brasil em relação ao empenho e transparência nos registros do eventos adversos”, diz.
Perspectiva Operacional
Sob essa perspectiva, Cendoroglo fala sobre o fluxo paciente, do check-in até o check-out no hospital, e como precisamos melhorá-lo. “Esse fluxo consiste em macroprocessos e, para aprimorá-lo, precisamos dividi-lo em microprocessos e melhorar cada um deles”, completa.
Outros temas importantes a serem discutidos pela perspectiva operacional incluem a tecnologia e transformação digital no setor da saúde, os novos caminhos para a lógica de remuneração da saúde suplementar, bem como os desafios e tendências para um gestão mais eficiente da cadeia de suprimentos.
Perspectiva de Governança
Governança, ética e transparência são questões fundamentais no debate para o combate ao desperdício. “Nós temos indicadores que mostram que a percepção geral é que o nosso setor é corrupto”, afirma Cendoroglo.
No Conahp 2018, o debate irá girar em torno do conflito de interesse e seus impactos na administração dos hospitais. Outro tema em pauta será educação, em que serão discutidos o que precisamos para hoje e o que queremos para o futuro dos profissionais da saúde.
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