Cases demonstram benefícios do VBHC na prática

Moinhos de Vento, Sírio-Libanês e Einstein apresentam os caminhos para tornar a saúde baseada em valor uma realidade

Nesta quinta-feira (30), aconteceu o último debate da Jornada Digital de novembro, que foi promovido em parceria com a Viatris e discutiu ao longo do mês o tema “VBHC como pilar de transformação na saúde”. Esta edição do encontro abordou a implementação do VBHC na prática, a partir da apresentação de cases de alguns dos principais hospitais do país.

Assista ao debate “VBHC na prática: cases de implementação”

Arthur Pille, coordenador do Escritório de Gestão da Prática Clínica no Hospital Moinhos de Vento, mostrou seu programa de desfechos focado em Osteartrose (quadril e joelho) que funciona desde 2019 e tem um índice de retenção de 75% dos pacientes. “O acompanhamento faz com que o paciente se sinta mais acolhido e próximo da equipe, e torna toda a experiência mais agradável”, garantiu.

Além disso, continuou, os dados coletados e analisados permitem observar gaps na operação e agir rápido para promover as melhorias necessárias. “Percebemos, por exemplo, que os idosos com fraturas estavam demorando muito para entrar em cirurgia e agilizamos esse fluxo”, ilustrou. Pille enfatizou que oportunidade de criar benefícios em diversas frentes permitiu alcançar um cenário em que “pacientes estão mais satisfeitos, equipe está mais satisfeita e os desfechos melhoraram no longo prazo”.

Felipe Duarte Silva, gerente de Pacientes Internados e Práticas Médicas no Hospital Sírio-Libanês, comentou a agenda de valor da sua organização e comemorou já ter atingido maturidade na coleta e análise de dados. “Se você vai reunir informações, é importante estar preparado para utilizá-las posteriormente de forma útil para a operação. Senão é apenas mais um gasto”, alertou.

Por isso, destacou, a ação deve estar integrada a uma agenda estratégica que, além da sustentabilidade econômica, busque o aprimoramento da prática clínica. E para garantir que o sistema seja construído dessa maneira, Silva recomendou começar pela área que faça mais sentido de acordo com a natureza do hospital. “É indispensável ter clareza dos objetivos, saber aonde você quer chegar. E ter o envolvimento da alta liderança”, disse.

Mario Lenza, gerente médico no Hospital Israelita Albert Einstein, trouxe o Programa de Desfechos e Gerenciamento em Saúde da instituição e ressaltou a necessidade de conseguir o engajamento dos médicos na iniciativa, e uma das estratégias que ele utiliza para isso é trabalhar os feedbacks. “Nosso sistema é capaz de identificar e avaliar o desempenho de cada profissional e, com esses dados, somos capazes de apontar e incentivar melhorias. Mas é preciso ter informação e argumentação de qualidade para convencer os médicos”, contou.

Lenza acrescenta que um próximo passo é utilizar uma estratégia semelhante com os pacientes para que ele participe mais ativamente do processo. “Estamos enfrentando o desafio de analisar e apresentar as informações de forma mais palatável para que esse público, incluindo familiares, possam tomar decisões com mais segurança”, finalizou.

Anahp Ao Vivo – Jornadas Digitais
O debate “VBHC na prática: cases de implementação” teve a participação de Arthur Pille, coordenador do Escritório de Gestão da Prática Clínica no Hospital Moinhos de Vento, Felipe Duarte Silva, gerente de Pacientes Internados e Práticas Médicas no Hospital Sírio-Libanês, e Mario Lenza, gerente médico no Hospital Israelita Albert Einstein. A moderação foi feita por Keila Amaral, gerente do Núcleo de Estudos e Análise da Anahp.

Assista abaixo o debate “VBHC na prática: cases de implementação”

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