Compreender a importância das novas diretrizes em metodologias anestésicas, viabilizadas através da recente Resolução (2174/2017) do Conselho Federal de Medicina (CFM), foi o tema do Café da Manhã promovido pela Medtronic, empresa parceira da Anahp, no dia 30 de novembro.
A palestra foi ministrada pelo médico Enis Donizetti Silva, presidente da Comissão de Ética do Hospital Sírio-Libanês e vice-presidente da Fundação para Segurança do Paciente. Na visão do especialista, as mudanças realizadas proporcionam um grau maior de preservação à vida dos pacientes em situações de pré-operatório, durante o procedimento cirúrgico e pós-operação, além de possuir fácil entendimento. “A resolução tem um outro aspecto, um aspecto educativo, informativo, uma série de referências muito boas e bem estruturadas”, afirmou.
Um ponto de proeminência nas atualizações dos processos anestésicos diz respeito às condições mínimas de segurança na aplicação de anestesias (tipos de monitorização do paciente, equipamentos e instrumentos, utilização de materiais farmacológicos obrigatórios, entre outras exigências). Além disso, é de responsabilidade do diretor técnico da instituição assegurar estes requisitos mínimos de segurança, contudo, o médico não deve eximir-se de suas atribuições.
Outro fator de destaque é a identificação de risco cirúrgico do paciente (sua condição clínica) e a necessidade da realização ou não do ato anestésico por parte do médico anestesista. Silva entende que a nova resolução do CFM propicia mais planejamento e responsabilidade no ato de aplicar anestesias, além de ocasionar treinamentos em situações críticas e notificar eventos adversos. “Uma resolução do Conselho Federal de Medicina tem um valor, quando você não a segue, de violação do código de ética médica”, reitera o especialista.