Os tumores gastrointestinais são diagnosticados em 80% dos casos em fase avançada da doença. Apesar disso, 7 entre 10 gastrectomias realizadas no A.C.Camargo Cancer Center ocorrem com uso de técnicas minimamente invasivas (laparoscopia e robótica), possibilitando menor sangramento e necessidade de transfusão; menor escala de dor no pós-operatório, menor tempo de internação e agilidade na retomada da dieta e da indicação ao tratamento adjuvante (quimioterapia e/ou radioterapia após a cirurgia)
O fato de um tumor ser diagnosticado no estômago em fase mais avançada da doença está longe de ser impeditivo para a realização, com sucesso, de cirurgias minimamente invasivas, que até uma década atrás eram indicadas apenas para retirar tumores descobertos em fase inicial. Um levantamento inédito do Núcleo de Cirurgia Abdominal do A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo, mostra que 7 entre 10 gastrectomias (cirurgias para retirada do estômago) são realizadas na instituição por meio de técnicas minimamente invasivas (laparoscopia e robótica). Até 2008, menos de 1 entre 20 cirurgias por câncer do aparelho digestivo alto ocorriam por via minimamente invasiva.
O câncer de estômago é o quarto tipo de câncer mais comum entre os homens e o sexto entre as mulheres no Brasil, sendo estimados, segundo o INCA, mais de 20 mil casos novos em 2015 e mais de 8 mil mortes anuais em decorrência desta doença. Em âmbito mundial, trata-se da segunda maior causa de morte por câncer no mundo de acordo com o Globocan 2012, muito disso devido ao diagnóstico tardio. Menos de 20% dos tumores de estômago são diagnosticados precocemente.
De acordo com o cirurgião oncológico e diretor do Núcleo de Cirurgia Abdominal do A.C.Camargo, Felipe José Fernández Coimbra, quanto menor é o tumor, mais a cirurgia minimamente invasiva será indicada, mas é possível obter ótimos resultados também ao se operar tumores mais extensos. “O método minimamente invasivo possibilita para pacientes selecionados uma menor escala de dor no pós-operatório, menor perda de sangue e necessidade de transfusão, menor tempo de internação, agilidade na reintrodução da dieta e de atividades cotidianas, menor cicatriz e, quando o paciente recebe indicação de quimio ou radioterapia pós-cirurgia, ele pode iniciar esse tratamento mais rapidamente”, explica Coimbra.
Além disso, as cirurgias minimamente invasivas oferecem taxas de controle da doença e sobrevida semelhantes às obtidas com a cirurgia convencional (aberta), destacando-se o fato de que são necessários apenas pequenos cortes, por onde são introduzidos cateteres e pinças longas que chegam até a cavidade abdominal.
Destaca-se também a qualidade da visualização proporcionada pela micro-câmera que é inserida no abdômen do paciente. Um sistema de formação de imagens em high definition (HD) oferece uma imagem nítida e com magnificação das estruturas a serem operadas e, consequentemente, maior segurança nas cirurgias. “Além de poder usar o recurso da imagem tridimensional, o cirurgião amplia sua possibilidade de movimentos com as pinças e braços do robô, que permitem uma linfadenectomia ainda mais adequada e facilita a reconstrução”, acrescenta Felipe Coimbra.
Robô Da Vinci – O A.C.Camargo conta com a mais moderna versão do Da Vinci, o modelo SI, que tem braços articulados e dois consoles. Ele permite que dois cirurgiões atuem ao mesmo tempo, executando movimentos de alta precisão, o que garante maior segurança ao paciente. Por meio de um monitor 3D, a equipe médica acompanha todo o procedimento com excelente visualização. Só em 2014 foram feitas 273 cirurgias minimamente invasivas com utilização do robô Da Vinci no A.C.Camargo Cancer Center. Além da Cirurgia Abdominal, todas as demais especialidades em que há aplicação para esse tipo de cirurgia adotam a cirurgia robótica em sua rotina, casos da Urologia, Tumores Colorretais, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Ginecologia, Oncologia Cutânea e Pulmão e Tórax. Em se tratando de tumores abdominais, as principais indicações de cirurgia robótica são para tumores do trato digestivo alto, com o procedimento possibilitando dissecções mais precisas e melhor acesso às áreas mais profundas.
Sobre o A.C.Camargo Cancer Center – Instituição privada sem fins lucrativos, criada em 1953 por Antônio e Carmen Prudente, é um dos maiores centros mundiais em prevenção, diagnóstico, tratamento, ensino e pesquisa do câncer. De forma integrada e interdisciplinar, atende pacientes vindos de diversas partes do país e exterior.
Em 2012, conquistou a Certificação Internacional pelo Canadian Council for Health Services Accreditation (CCHSA). Também conquistou a certificação ISO 14001, firmando seu compromisso com a responsabilidade ambiental. O selo de qualidade ambiental ratifica que o A.C.Camargo atua de acordo com os rigorosos padrões estabelecidos pela Norma ABNT ISO. Em 2013 foi apontado, pela edição 500 Melhores Empresas da revista IstoÉ Dinheiro, uma das melhores em Saúde e pelo Anuário Valor 1000 uma das cinco instituições mais importantes no segmento de serviços médicos. Também foi eleito a Instituição do Ano pelo Prêmio Saúde 2013, promovido pela Revista Saúde! É Vital. Em 2014 recebeu o prêmio Valor 1000 pelo melhor desempenho do setor de Serviços Médicos e foi eleito pela sexta vez uma das melhores empresas para você trabalhar do Guia Você S/A Exame.
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Fonte: A.C.Camargo – 24.09.2015
