Anahp promove seminário sobre indicadores de qualidade na saúde e lança Observatório 2024

Eventos foram realizados durante a Feira Hospitalar, em São Paulo, e reuniram 800 pessoas

A Anahp promoveu nesta quarta-feira (22) o seminário “Indicadores de qualidade e seu papel no sistema de saúde”, parte da programação de lançamento do Observatório 2024. O evento teve duas mesas: O que mudou nesses 15 anos, e Estratégias entre setores público e privado para que os indicadores de qualidade avancem no Brasil; e contou com uma homenagem a renomados integrantes do setor e ex-presidentes da Associação que contribuíram para a construção da história da associação ao longo dos anos. Estiveram presentes: Henrique Salvador, José Antonio de Lima e Francisco Balestrin. Todos receberam uma versão personalizada do Observatório 2024, que este ano conta com um especial pelos 15 anos da sua primeira publicação.

O evento, reuniu mais de 230 pessoas que conferiram em primeira mão uma apresentação sobre os dados da nova edição do Observatório. Entre os pontos destacados: redução das taxas de infecções, melhoraria do tempo de atendimentos em infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral e um movimento de mudança dos modelos de remuneração. O material revela que cerca de 60% das instituições já implementaram algum tipo de pagamento diferente do fee for service, modelo majoritário no Brasil em que os valores são pagos mediante a quantidade de procedimentos e recursos utilizados.

“Esta edição nos mostra os avanços na qualidade e segurança assistencial, quando abordamos a queda das taxas de infecções, por exemplo. São 265 indicadores, que nos dão uma base de dados que nos permite analisar tendências e mudanças do setor, como essa citada”, destacou Ary Ribeiro, editor do Observatório Anahp 2024 e diretor-executivo na Elibré Clínica de Saúde Mental.

“Ter um material que nos permite ver os cenários desde 2009 de maneira segmentada e integrada, nos possibilita uma análise rica para que o leitor tenha várias frentes como planejamento estratégico. Isso não só para associados, mas para integrantes da área da saúde”, reforçou André Medici, editor do Observatório Anahp e economista da saúde.

Mercado econômico de saúde suplementar

Outro ponto abordado foi o cenário atual da sustentabilidade financeira da saúde no Brasil. Uma pesquisa realizada pela Anahp, entre os dias 16 e 26 de abril de 2024, apontou que os hospitais seguem sofrendo as consequências de uma profunda transformação no mercado de saúde suplementar. Pressionadas pela redução em seus resultados, a percepção é que as operadoras de planos de saúde têm aumentado fortemente a aplicação de glosas, retendo valores e, em decorrência, ampliando o prazo em que pagam aos hospitais pelos serviços prestados.

“O problema hoje é produzir e não receber. Esse cenário é inimigo do trabalho de qualidade assistencial. Também temos nesse levantamento os dados referentes ao descredenciamento. Aqui destacamos que a operadora tem o direito de escolher quem vai ser o prestador de serviço, mas a legislação diz que esta escolha não pode prejudicar o atendimento ao paciente. Esse aumento vertiginoso dos descredenciamentos mostra uma troca de prestador por conta de uma cobrança menor, o que não necessariamente garante a qualidade do serviço prestado”, finalizou Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp.

O seminário também teve a presença da secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad; e da professora titular da FGV-EAESP, Ana Maria Malik.  Ambas contribuíram com os debates propostos e foram homenageadas e presenteadas com uma versão impressa personalizada do Observatório.

Malik ponderou que o Sistema Único de Saúde (SUS) é multifacetado e isso precisa ser avaliado para temos um sistema que funcione em prol da população. Já Ana Estela, que fez uma apresentação durante a mesa sobre “Estratégias entre setores público e privado para que os indicadores de qualidade avancem no Brasil”, reforçou que o Sistema de Indicadores Hospitalares Anahp poderá dar uma contribuição que transcende os hospitais privados e alcance toda a rede de atenção hospitalar brasileira.

A secretária também destacou a relevância da criação da secretaria que lidera. “O Brasil e o SUS estão sendo pioneiros na criação de uma secretaria assim na região das Américas. Tanto que a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) está nos dando todo o apoio e está totalmente focada na experiência brasileira para que ele seja um exemplo para os outros países”, afirmou.

Edição especial do Observatório 2024

No final da tarde, mais de 600 pessoas entre representantes do setor e visitantes da feira receberam uma versão impressa, exclusiva e limitada, do Observatório. Todos estiveram no coquetel de lançamento da publicação, realizado no estande da Associação na Hospitalar. “Estamos falando de uma referência na área, que serve de benchmark não só para nossos associados, mas para a área da saúde do nosso País”, afirmou Eduardo Amaro, presidente do Conselho de Administração da Anahp.

Para acessar a versão digital do Observatório 2024, clique aqui.

Compartilhe

Você também pode gostar:

Anahp Apoia | Programa CEO Saúde da FGV

Associados Anahp têm desconto no curso voltado para gestão hospitalar Líderes do setor de saúde enfrentam desafios como regulamentação, aumento de doenças crônicas, gastos crescentes e novas tecnologias. O programa […]

Leia mais