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Hospital Leforte Liberdade supera o próprio recorde mundial de transplantes de pâncreas

Foram realizados 74 procedimentos do tipo em 2019. Número é 10,44% maior do que registrado o registrado no ano anterior

O Hospital Leforte Liberdade, uma das três unidades do Grupo Leforte, consolidou sua posição como um dos principais centros de transplantes do Brasil. Em 2019, o Programa de Transplantes de Pâncreas, Fígado e Rim da instituição, juntamente com o Grupo Hepato, realizou 74 transplantes de pâncreas, incluindo pâncreas e rins simultâneos.

 

A marca é 10,44% superior à registrada no ano anterior, quando o hospital foi o centro com o maior número de transplantes desse tipo em todo o mundo, com 67 procedimentos. A equipe do Grupo Leforte ficou à frente da unidade de Transplante de Oxford do Churchill Hospital, no Reino Unido, que registrou 63 casos, e da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, que fechou aquele ano com 56 transplantes.
O resultado alcançado é fruto do trabalho da equipe coordenada pelos cirurgiões Marcelo Perosa e Tercio Genzini. O modelo adotado é inspirado no norte-americano, onde uma única equipe realiza todas as modalidades de transplantes abdominais, melhorando a assistência e os resultados.

Fila de espera

Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), há no Brasil cerca de 406 pessoas na fila de espera para um transplante de pâncreas-rim e outros 24 aguardando um novo pâncreas.
A indicação do transplante de pâncreas depende da gravidade das complicações do diabetes. Quando bem indicada e realizada, de acordo com o Dr. Marcelo Perosa, representa o melhor tratamento, eliminando a necessidade de insulina, restabelecendo dieta livre e sem restrições.

“A maioria das pessoas desconhece a possibilidade de transplante de pâncreas para pacientes com diabetes tipo 1. A doença surge na infância ou adolescência e começa a apresentar complicações secundárias nos rins, nervos e visão, após 15 ou 20 anos do diagnóstico”, explica Perosa.

“O transplante é o único tratamento de saúde no qual a sociedade pode atuar de forma efetiva e este assunto merece destaque nos debates civis. Falar sobre a questão da doação, esclarecer a população sobre como funciona o procedimento e o seu impacto na vida dos receptores é fundamental”, diz Genzini.

Como doar

Pela legislação brasileira, a doação de órgãos pode se dar em vida (no caso de rim e parte do fígado) ou após a morte. Neste último caso, o Ministério da Saúde recomenda que os potenciais doadores conversem com a família sobre o interesse em ser doador, já que a doação pós-morte só pode ser feita com a autorização dos membros da família. O doador deve ter sofrido morte encefálica e passado por protocolo rigoroso de confirmação diagnóstica através de dois exames clínicos e um método gráfico que constate ausência de fluxo sanguíneo ou atividade elétrica no cérebro.
Após a morte encefálica, o doador pode ser mantido por aparelhos ainda com o coração batendo, por até 48 horas. Depois disso, os batimentos cardíacos inevitavelmente cessarão e os órgãos não poderão ser mais aproveitados para doação.

Esse intervalo de tempo entre a confirmação da morte encefálica e a parada cardíaca definitiva do doador é o prazo que as equipes têm para deflagrar todo o processo da doação. O tempo de cada órgão varia e por isso a agilidade é primordial.

Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

Sobre o Leforte

Atualmente, o Grupo Leforte possui três unidades hospitalares que somam 620 leitos, sendo duas em São Paulo, nos bairros da Liberdade e do Morumbi, e outra em Santo André, no ABC Paulista. Também possui unidades especializadas em Oncologia, em Higienópolis, Alphaville e Osasco, e uma voltada para Pediatria, em Santo Amaro, além de clínicas em Alphaville e Cotia. O Leforte é o Hospital Oficial do GP Brasil de Fórmula 1.

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