Internação em UTI de pacientes covid cresce 18 p.p após festas de final de ano, revelam dados da Anahp

Dados da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) apontam para o crescimento da taxa de internação em UTI Covid-19 nas instituições associadas. O índice, que estava em 40,84% entre os dias 25 e 31 de dezembro de 2021, passou para 58,75% entre 8 e 14 de janeiro de 2022, um aumento de 17,91 p.p na taxa de ocupação de leitos de UTI destinados a pacientes com Covid-19. No mesmo período, o percentual de ocupação de alas Covid também subiu de 47,31% para 77,07%, levando ao crescimento de 29,76 p.p.

O principal fator que impulsionou esse crescimento foi o aumento de internações na região sudeste. Acompanhe a evolução nos gráficos abaixo:

 

Período: 25 e 31 de dezembro de 2021

AMOSTRA:47 respondentes (2.788 leitos operacionais-dia de unidades de internação de cuidados não críticos exclusivos para COVID-19 e 2.368 leitos operacionais-dia de unidades de internação de cuidados críticos (UTIs) exclusivos para COVID-19). Sendo: Norte e Centro-Oeste – 4 hospitais; Nordeste – 6 hospitais; Sudeste – 26 hospitais; Sul – 11
Período: 01 e 07 de janeiro de 2022

Anahp - taxa de ocupação período: 01 e 07 de janeiro de 2022

AMOSTRA: 47 respondentes (3.459 leitos operacionais-dia de unidades de internação de cuidados não críticos exclusivos para COVID-19 e 2.366 leitos operacionais-dia de unidades de internação de cuidados críticos (UTIs) exclusivos para COVID-19) Sendo: Norte e Centro-Oeste – 4 hospitais Nordeste – 5 hospitais Sudeste – 25 hospitais Sul – 13 hospitais

Período: 08 e 14 de janeiro de 2022

Anahp - taxa de ocupação período: 08 e 14 de janeiro de 2022

AMOSTRA: 46 respondentes (4.584 leitos operacionais-dia de unidades de internação de cuidados não críticos exclusivos para COVID-19 e 2.407 leitos operacionais-dia de unidades de internação de cuidados críticos (UTIs) exclusivos para COVID-19). Sendo: Norte e Centro-Oeste – 4 hospitais; Nordeste – 6 hospitais; Sudeste – 25 hospitais; Sul – 11 hospitais.

Para Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp, apesar do crescimento, o número de internação é considerado baixo, uma vez que a proporção de leitos Covid em relação ao total de leitos ainda é pequena. “A cobertura vacinal da população está contribuindo muito para que os casos não sejam graves. O que notamos é um número grande pessoas contaminadas, mas que não se reflete na mesma proporção nas internações”.

“No entanto, a associação reforça o estado de atenção e cautela para que os índices sigam controlados e que seja ponderada a necessidade de abertura de novos leitos”, disse Britto.

Orientação aos pacientes:

A Associação reforça as recomendações para a busca de atendimento no pronto-socorro dos hospitais, que deve acontecer em casos específicos:

– Devem procurar o pronto-socorro apenas os pacientes com sintomas persistentes ou sinais de acometimento mais grave (falta de ar, febre persistente, tosse intensa) ou com doenças crônicas pré-existentes.

– De uma forma geral, a população deve manter rígidos os cuidados com a utilização correta de máscara, o distanciamento social e a higienização adequada das mãos.

– Aqueles que estiverem com sintomas leves ou assintomáticos devem priorizar a busca por atendimentos ambulatoriais como, por exemplo, consultas médicas, preferencialmente via telemedicina. A orientação visa proteger o paciente de uma exposição desnecessária dentro de ambientes como hospitais, que devem ser utilizados para o atendimento de pessoas com sintomas mais severos.

– Ao passar por uma consulta, o paciente será avaliado clinicamente e terá a indicação médica correta sobre a necessidade ou não de testagem, assim como de qual tipo de teste é o mais adequado de acordo com os sintomas que apresenta e, dessa forma, fará a coleta de exame mais indicado para seu quadro clínico.

 

Crédito das informações:
Vania Rohsig, Superintendente Assistencial e de Educação do Hospital Moinhos de Vento e Coordenadora do Grupo de Trabalho Organização Assistencial da Anahp, e Priscila Rosseto, Gerente-executiva de Qualidade, Segurança e Práticas Assistenciais da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e Coordenadora do Grupo de Trabalho de Melhores Práticas Assistenciais da Anahp.

 

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