Café da Manhã apresenta a importância do Papanicolaou no diagnóstico e tratamento do câncer de útero

Promovido na sede da Associação na manhã de hoje (01) pela empresa parceira BD Medical, Café da Manhã debateu soluções para o diagnóstico assertivo do câncer do colo do útero através do exame de Papanicolaou. As apresentações do evento foram comandadas por Rafael Bispo Paschoalini, patologista na Rede D’Or São Luiz e Júlio Cesar Possati Resende, ginecologista no Hospital do Amor. O encontro foi dedicado a gestores e médicos da área ginecológica.

Paschoalini iniciou sua apresentação indicando a homenagem feita pelo Google a Georgios Papanikolaou, médico grego considerado o “pai da citopatologia”, e que desenvolveu o exame Papanicolaou, procedimento alternativo, mais prático e barato para se diagnosticar câncer de útero. Os principais estudos do médico serviram para concluir que, na década de 1930 quando Papanicolaou morou e estudou nos Estados Unidos, o câncer de colo do útero era o principal fator de morte em mulheres nos norte-americanas. Com a evolução dos procedimentos para diagnóstico e tratamento, atualmente a doença não figura mais entre as 10 principais causas de óbito de mulheres nos Estados Unidos. Já no Brasil, os dados apontam para a terceira principal causa de morte, sendo a região norte a mais incidente, com 25,62 mortes a cada 100 mil mulheres.

O patologista da Rede D’Or São Luiz apontou para as principais características sobre um bom exame para a identificação da doença. “Precisa ser um teste simples de baixo custo, seguro e aceitável pelo paciente, ter alta sensibilidade e que pode identificar a doença ainda na fase pré-invasiva, que possibilitará a atuação do tratamento”. Um dos protocolos a seguir no diagnóstico é o teste do HPV (Papilomavírus Humano), além do Papanicolaou a cada três anos com o teste de DNA quando se atinge os 30 anos de idade. De acordo com Paschoalini, “no Brasil, o rastreio acaba sendo a cada três anos após dois testes negativos anuais a partir dos 25 e, os exames seguem até os 64 anos de idade”.

Resende apresentou aos expectadores do Café que a junção e análise de diferentes testes como o HPV e o teste com genotipagem (exame que identifica o código genético do vírus), são fundamentais para se chegar a uma conclusão mais assertiva e um melhor diagnóstico e, consequentemente, tratamento mais adequado. “Os testes estão conversando entre si e, em alguns momentos, eles coexistem sempre na tentativa de aumentar a sensibilidade, porque no rastreamento de um câncer é extremamente importante que os testes sejam sensíveis”, comenta.

O palestrante expos também durante o evento que o câncer do colo de útero se desenvolve pela infecção persistente por algum tipo de HPV de alto risco. Os maiores fatores que contribuem para a esse tipo de infecção estão ligados ao início precoce da atividade sexual, o não uso de preservativo e a prática sexual com múltiplos parceiros.

BAIXE A APRESENTAÇÃO DO EVENTO

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