O papel do hospital na assistência à saúde, como integrador do sistema e suas demais áreas, é um modelo que já vem sendo discutido e implementado em diversos países. Neste modelo, o paciente é colocado no centro do cuidado e o desempenho é medido através dos resultados que entregam valor para ele. Abordar este conceito e discutir qual a responsabilidade do hospital nesta cadeia foi a proposta do terceiro Curso Conahp, comandado por Vidal Seegobin, gerente de práticas da Advisory Board – empresa focada em pesquisas e análises de mercado voltada para a gestão e operação hospitalar.
Seegobin começou o curso traçando um panorama sobre os diversos papéis que os hospitais tiveram na assistência à saúde nas últimas décadas. Nos anos 40, o espaço era destino apenas de casos mais agudos e de pacientes que precisavam de algum tratamento intensivo. Já nos anos 2000, o hospital assumiu um papel de gerenciamento da saúde da população, o modelo anterior de intervenções pontuais já não era adequado diante do desafio trazido com maior incidência de doenças crônicas. Assim, em 2010, a instituição passa a ser um espaço mais voltado para o bem-estar, que tem como objetivo auxiliar as pessoas a se manterem saudáveis por um período maior.
Somado a isso, em 2020 o setor precisou também gerenciar mais uma pandemia, desta vez, maior do que as anteriores, como a SARS ou a H1N1. “As pandemias, provavelmente, vão passar a acontecer com mais frequência. Portanto, não acredito que esse papel mais recente do hospital, de ‘gerente de doenças infecciosas’, irá desaparecer. É algo que teremos que incorporar e melhorar nas instituições”, afirmou o especialista.
Para continuar lendo, clique aqui e baixe gratuitamente a edição 77 da revista Panorama.
