Novos modelos de trabalho e os desafios da saúde

Entre tantas mudanças e adaptações exigidas pela pandemia, uma teve grande destaque: o home office, imposto a uma parcela da população mundial devido a necessidade de isolamento social. O assunto foi levado ao Conahp e a aposta desse “novo” modelo como permanente foi debatida na mesa digital que tratou o efeito da pandemia nas relações de trabalho e nos modelos que surgem a partir da crise. Dessa conversa participaram Mario dal Poz, professor titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Solon de Almeida Cunha, sócio da área trabalhista do escritório Mattos Filho, Sérgio Amad Costa, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e o moderador Guilherme Cavalieri, presidente da ABRH e superintendente de Recursos Humanos do A.C. Camargo Cancer Center.

A opinião sobre a adoção do home office no que tem sido chamado de “novo normal” foi unânime entre os debatedores: o modelo veio para ficar, mas deve ser adaptado a uma forma híbrida. Na opinião de Costa, é preciso que as organizações olhem para o modelo com cautela, já que o que vivemos atualmente não é sua essência real, tendo em vista a crise pela qual passamos. “Hoje trata-se de um trabalho à distância, praticamente sem nenhum treinamento para tal, que não está sendo exercido em um período de normalidade.  Da forma como está acontecendo, o lazer está limitado e as atividades de casa aumentaram, além de que as pessoas estão com a atenção dobrada em questões relacionadas à saúde e economia”, declarou o professor.

Com o trabalho remoto, vem também o desafio de maior investimento em tecnologia por parte das instituições, principalmente para garantir a segurança e confidencialidade de dados sensíveis que fazem parte da rotina de trabalho na saúde (a considerar a LGPD, que entrou em vigor este ano). “O ‘novo normal’ tem que trazer uma revisão quanto às questões trabalhistas, é urgente adaptarmos nossas políticas para uma realidade de trabalho que tem tudo para ser híbrida. Precisamos ter um novo olhar para políticas, condições de trabalho, gestão de dados sensíveis”, disse Cunha.

Para continuar lendo, clique aqui e baixe gratuitamente a edição 77 da revista Panorama.

Compartilhe

Você também pode gostar: