Grandes desafios e soluções rápidas para enfrentar a covid-19 nos hospitais

A pandemia representou muitos desafios para a ciência brasileira, exigindo alta eficiência da indústria e dos hospitais na busca por soluções para diagnóstico, tratamento, medicamentos e vacinas. Segundo os participantes da mesa do Conahp que falou sobre esse assunto, as três grandes lições aprendidas nesse processo foram sobre a capacidade de contribuição da ciência brasileira, a relevância do uso de tecnologias de informação e comunicação e a importância de um sistema capaz de se adaptar rapidamente. Participaram da conversa Sidney Klajner, presidente do Hospital Israelita Albert Eisntein (HIAE); Luiz Fernando Reis, diretor de ensino e pesquisa do Hospital Sírio-Libanês (HSL), e André Costa, diretor geral e técnico do Mater Dei Betim-Contagem, sob a moderação de Mohamed Parrini, CEO do Hospital Moinhos de Vento.

Os convidados destacaram ações e projetos desenvolvidos em seus hospitais. Reis contou sobre a experiência do HSL que, entre muitas colaborações, também investiu em inovações para testagem, com a criação do RT-LAMP. O teste, que usa uma metodologia de transcriptase reversa, permitiu a fabricação de testes em larga escala e valor acessível, preservando parâmetros de sensibilidade e especificidade. “Precisamos de mais responsabilidade na transformação desse conhecimento gerado, em benefício para a população”, disse o pesquisador. Para ele, a pandemia deixou claro que “na ciência não tem atalho” e que os bons resultados são baseados em conhecimento científico e melhor evidência.

Dentre as ações do HIAE, Klajner destacou estratégias que permitiram ampliar o cuidado, como a utilização de telemedicina, a descentralização de unidades satélite, adaptações de jornada de atendimento para procedimentos eletivos e aumento do giro de leitos, além da parceria com a prefeitura de São Paulo para erguer e gerir o hospital de campanha do Pacaembu. “Um de nossos aprendizados é que os desafios que o sistema de saúde apresenta já existiam antes da pandemia. O que aconteceu nesse ano é que eles foram mostrados com lentes de aumento, uma verdadeira exposição do que é eficiência e ineficiência do sistema”, comentou o médico.

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