Entre as vantagens da globalização está a possibilidade de buscar referências no mundo inteiro para melhorar os serviços de saúde e seguir os fundamentos da saúde baseada em valor. Neste contexto, o ICHOM – Internacional Consortium for Health Outcomes Mesurement, trabalha para, por meio da mensuração de desfechos, trazer mais qualidade para os sistemas de saúde com o paciente no centro do cuidado e possibilitar a redução de custos. Este ano, o segundo dia de Curso Conahp foi guiado pela instituição, que compartilhou os próximos passos no universo da padronização das informações para comparar dados entre instituições e analisar desfechos clínicos.
Martin Ingvar, que é membro cofundador do ICHOM e Deputy Vice-Chancellor e Professor do Instituto Karolinska, explicou em sua apresentação como a instituição vem trabalhando para estabelecer e melhorar seus standard sets para que sejam aplicáveis no mundo todo, além de adaptáveis de acordo com a localização dos hospitais e clínicas que adotam o método. “Nos organizamos para fazer multiuso dos dados. Ao mesmo tempo que publicamos materiais que ajudam na análise das informações e facilitam a comparação, também estamos dando direcionamento para o cuidado baseado em valor por meio de nossos standards sets para que os profissionais de saúde e as instituições possam fazer a coisa certa”, declarou.
Segundo Ingvar, entre as ambições do ICHOM a partir do próximo ano estão investir em benckmarking internacional, para cobertura mundial; introduzir as formas de mensuração do ICHOM em âmbito acadêmico como forma de comparação e avaliação dos estudos; e trabalhar, cada vez mais, com dados anônimos, entendendo que “a integridade individual é muito importante”, além de intensificar os esforços para redução de custos na saúde. “Os modelos econômicos de cálculo da saúde fracassaram em entregar redução de custo pela falta de padronização de mensuração de qualidade. E nós acreditamos que é essa padronização que permite construir um método moderno de reembolso”, disse o professor. “O problema para conseguirmos baixar o preço do cuidado é que, em muitos casos, temos um sistema fee for service que incentiva a produção independentemente do resultado. Nós precisamos que o ciclo do cuidado seja completo.”
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