Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Hipertensão é a principal causa de insuficiência cardíaca no Brasil

No Brasil, a maioria dos casos de insuficiência cardíaca tem relação direta ou indireta com o descontrole da pressão arterial. Um estudo do Departamento de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia identificou que a hipertensão e o entupimento das artérias coronárias – frequentemente associado à hipertensão arterial – são responsáveis por mais da metade dos casos desta doença em brasileiros.

“A longo prazo, a pressão arterial elevada vai sobrecarregando o músculo cardíaco e deixando-o cada vez mais fraco. Essa é uma das causas da insuficiência cardíaca, que se caracteriza pela incapacidade do coração para bombear o sangue em quantidade adequada para atender às necessidades do corpo”, explica o médico, mestre em Saúde Pública, Miguel Morita (CRM-PR 18654/RQE 21485), um dos profissionais do Ambulatório Especial de Cardiologia do Hospital Pilar, que recebe pacientes sem agendamento em várias condições, muitos deles com pressão alta.

Ao contrário do que se acredita, a pressão alta não costuma causar sintoma. Ela age silenciosamente, ”danificando” o coração. Mas, frequentemente, as pessoas só lembram de medi-la quando sentem dor de cabeça ou mal-estar. Um erro, segundo o cardiologista. “Mais importante do que isso é a medição frequente, o controle regular”, afirma ele.

Entre os principais sintomas da insuficiência cardíaca estão a falta de ar em atividades cotidianas e inchaço nas pernas e pés. “Embora seja uma doença grave, há tratamento. Ele leva em conta modificações no estilo de vida, medicações e visitas periódicas ao cardiologista, que vão aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida”, diz Morita, que realizou pesquisa sobre insuficiência cardíaca na Universidade de Harvard como tema de pós-doutorado. Dependendo do nível da doença, pode ser necessária a implantação de um desfibrilador ou marca-passo, e, em casos mais graves, transplante de coração.

A insuficiência cardíaca causa 50 mil mortes por ano no país. Este número dá uma ideia da dimensão do problema. “É essencial incentivar a prevenção desta doença, principalmente com ações relativas à educação do paciente com hipertensão para que ele faça o controle continuado da pressão. Como diz o ditado: ‘prevenir é melhor que remediar’”, ressalta o médico.

Fonte: Hospital Pilar

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