Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Diagnóstico rápido e preciso faz a diferença no tratamento de Demências como Mal de Alzheimer

Hospital São Rafael, em Salvador, é um dos poucos no país a realizar diagnóstico para essas doenças através do PET/CT

Referência no Norte/Nordeste na realização de estudos oncológicos, através do PET/CT, o Hospital São Rafael (HSR), em Salvador, agora também é um dos únicos no país a realizar o diagnóstico de doenças neurológicas com o mesmo equipamento. A avaliação é feita em casos de pacientes com suspeita de demências, como Alzheimer e outras doenças em que há perda da função cerebral, além da epilepsia.

A importância da aquisição do equipamento e da especialização da unidade de saúde, nesse tipo de diagnóstico, pode ser traduzida em números. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 35 milhões de pessoas sofrem de algum tipo de demência, no mundo, e o Brasil ocupa o 9º lugar, no ranking de incidência dessas doenças.

São consideradas demências, o conjunto de sintomas que afetam as funções intelectuais, podendo impactar na capacidade de atividades sociais, como o gerenciamento de finanças, tomada de decisões e direção de automóveis; além de atividades básicas como tomar banho, se vestir e se alimentar sozinho. De acordo com o neurologista do Hospital São Rafael e especialista no assunto, Marlos Rocha, as demências também podem causar sintomatologias comportamentais e neuropsiquiátricas, tais como alterações de personalidade, irritabilidade, depressão, agitação, perambulação a esmo pela casa e dificuldade em reconhecer familiares e amigos, em uma fase mais avançada da demência.

Dentre as demências, a Doença de Alzheimer é a mais comum, afetando 900 mil pessoas em todo o país, de acordo com Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). O problema costuma ser desencadeado a partir dos 65 anos de idade, mas há casos em que a doença pode surgir entre 40 e 45 anos. Por isso, o especialista recomenta a manutenção de atividades intelectuais para prevenir e auxiliar no tratamento dessas doenças.

“Existem evidências na literatura que concluem que intervenções como treino cognitivo ou estimulação cognitiva, seja em tarefas baseadas em computador ou papel e lápis, parecem trazer benefício em termos de melhora do desempenho cognitivo em idosos saudáveis ou de alentecimento na velocidade de progressão da doença, na demência inicial”, afirmou.

Diagnóstico Precoce

Com o crescente número de pessoas com problemas dessa natureza, o diagnóstico rápido e mais preciso representa um grande aliado no tratamento das doenças neurológicas. De última geração, o equipamento PET possui uma tomografia computadorizada (TC) acoplada, permitindo imagens da atividade cerebral, que são interpretadas por especialistas para chegar a um resultado mais preciso do quadro clínico no paciente.

De acordo com o médico nuclear do HSR, Lucas Vieira, o exame é rápido e todo o procedimento não leva mais do que duas horas. “É injetada uma substância análoga à glicose no paciente, ligada ao material radioativo, que possibilita a avaliação do metabolismo glicolítico do cérebro, resultante de algum processo degenerativo, e detecta onde há redução do metabolismo”, explica.

Para o neurologista, Marlos Rocha, o PET deve ser solicitado após a obtenção do perfil das funções mentais superiores e a extração de dados acerca de desempenho cognitivo em testes, bem como escalas funcionais e avaliação neuropsiquiátrica. “O PET é particularmente útil nos casos de síndrome demencial em que uma causa degenerativa em fase inicial é considerada como etiologia ou eventualmente em casos de apresentação atípica”, esclarece.

Outros exames como a ressonância magnética também podem ser usados de maneira complementar, mas a diferença, segundo o médico, é que o PET permite a visualização não somente da anatomia, mas principalmente da função cerebral.

O exame deve ser solicitado por um neurologista ou geriatra, somente nos casos em que houver suspeita de doenças neurológicas e independente da idade do paciente. O equipamento PET/CT, adquirido de forma pioneira pelo Hospital no Norte e Nordeste, já beneficiou 3.700 pacientes. Ao contrário do uso oncológico do PET, o exame neurológico ainda não é feito pelo SUS, embora seja autorizado por alguns convênios e, também, de maneira particular. 

Fonte: Hospital São Rafael – 30.09.2015

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