Design da Operação para ganho de Eficiência e Disponibilidade Operacional – Desafio nos hospitais

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O Café da Manhã Anahp desta quinta-feira, 10 de setembro, abordou o tema “Design da Operação para ganho de Eficiência e Disponibilidade Operacional – Desafio nos hospitais”. Organizado pela Anahp, FOLKS eSaúde, consultoria e treinamento especializada na área de Informática em Saúde, e L+M, empresa com foco na operação e no desenho dos processos para obter o melhor de cada ambiente de saúde, o evento contou com a apresentação de Miriam Ikeda Ribeiro, enfermeira e consultora da L+M.

Na ocasião, Miriam abordou temas como o design e sua vocação integradora; os gargalos e restrições nos processos, estrutura, tecnologia e ambiente; visão sistêmica; abordagem multidisciplinar; e a relação capacitação-comunicação.

Para a palestrante é fundamental que os hospitais apliquem a seus negócios o conceito de visão sistêmica da organização. O comum, ela relata, é pensarem de forma segmentada – pronto atendimento, centro cirúrgico, CME, Imagem, UTI, manutenção, internação, faturamento, entre outros -, quando na realidade as diversas áreas existentes são etapas de um mesmo processo, dependentes de um fluxo contínuo.

Nesse sentido, relatou dois casos de hospitais que investiram seus recursos de maneira equivocada, justamente por não terem um olhar mais amplo de como atingir seus objetivos. No primeiro caso, o aporte foi na área de Medicina Diagnóstica. Após o investimento, a constatação de que o número de exames realizados não havia crescido na proporção desejada. O gargalo estava no modelo de atendimento, exclusivamente presencial, e, consequentemente na falta de estrutura do estacionamento, que já não conseguia absorver o fluxo maior de visitantes.

No outro exemplo, o hospital adquiriu um aplicativo on line para auxiliar a equipe assistencial. A eficiência aumentou em algumas áreas da instituição, mas não em outras. Uma análise mais aprofundada detectou o problema: por falta de sinal da rede Wi-fi, nos três andares nos quais a internet não funcionava as melhorias não surtiram diferença.

Para ambos os casos, o que faltou foi criar condições para que os investimentos surtissem o efeito desejado. Ou seja, era preciso ter avaliado todas as correlações existentes naquele segmento da instituição, desenhar uma estratégia e só então fazer os investimentos.

“Recursos nós temos muitos, o que falta é o design, é compreender como usá-los da melhor maneira possível e desenhar uma estratégia adequada. Uma visão sistêmica anterior às mudanças poderia ter evitado os problemas enfrentados”, afirmou.

O perfil do paciente é outro ponto que merece atenção. “Ele mudou muito, não é mais omisso. Ao contrário, é fiel ao ‘Dr. Google’, chega com informações genéricas – de pesquisas na Internet – e questiona o diagnóstico do médico. Além disso, é muito mais exigente. Por isso, considero que capacitar a Comunicação em todas as áreas do hospital é fundamental, uma das melhores ferramentas de assistência em Saúde. Muitas vezes, todo o esforço em oferecer um bom atendimento se perde quando um colaborador diz uma frase má colocada, que gera desconforto ao paciente”, enfatizou.

Ela também comenta a importância de sistemas de qualidade na área de Informática em Saúde para o aumento da eficiência e melhor gestão do hospital. “Costumo dizer que há dois tipos de pacientes, o real e o virtual. Um sistema de qualidade garante uma sincronia maior entre esses dois. Por exemplo, se o paciente já recebeu alta, enquanto o sistema informar para a equipe que ele está internado, isso significará um leito bloqueado. Mais espera, pacientes insatisfeitos e menor fluxo e lucratividade”, disse.

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